sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Atividades para trabalhar com alunos com necessidades especiais

Carta Enigmática
Criação de uma história ou uma mensagem para ser apresentada aos alunos através de imagens


Exemplo de algumas figuras
Fonte: http://pecsemportugues.blogspot.com/, onde há mais simbolos disponiveis
Obs.:  É um ótimo recurso que abre um leque de possibilidades tanto para exploração por parte do professor quanto para os alunos.


Criação de E-mail
Esta é uma atividade também muito interessante, onde o professor junto com o aluno criar um endereço de e-mail para que o aluno possa se comunicar com outros alunos  também com necessidades especiais.
Este intercambio pode ocorrer em alunos de escolas diferentes, ou de turmas diferentes ou até mesmo de outras cidades.
Para aqueles alunos que ainda não são alfabetizados o professor poderá ler os e-mails para o aluno e auxiliá-lo na escrita, este recurso inclusive o ajudará para compreensão da utilização da escrita.

Tecnologias Assistivas

Inovação na Educação Inclusiva

Projeto da UFMG promete revolucionar métodos de ensino para pessoas com deficiência visual de todas as idades
 
Desde a educação básica, os módulos de ensino para a pessoa com deficiência visual esbarram na impossibilidade de sedistinguir as semelhanças e diferenças dos objetos do ambiente através da visão convencional do olho humano. Porém, essa dificuldade não impediu que Luiz Edmundo, um estudante com deficiência visual da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, buscasse um método mais adequado de aprendizado. A iniciativa do aluno de fisioterapia resultou, anos depois, em uma forma de ensino que facilita a compreensão do organismo humano por pessoas com deficiência.
 
Em 1989, Luiz Edmundo, recém-chegado ao Brasil depois de competir no futebol de salãodas Paraolimpíadas da Coreia do Sul, retomou os estudos na UFMG e não tardou a encontrar empecilhos que poderiam atrapalhar sua graduação. Durante as aulas de citologia, tornou-se obrigatório produzir relatórios para o departamento de morfologia, focados na observação de estruturas orgânicas, ao microscópio. O que poderia ser um problema foi contornado com provas e relatórios descritivos, sempre produzidos com ajuda de um companheiro de curso.
 
Ainda assim, Luiz Edmundo, com o apoio irrestrito da professora e diretora do Museu de Ciências Morfológicas da UFMG, dra. Maria das Graças Ribeiro, decidiu buscar formas de facilitar o aprendizado da área biológica para pessoas com deficiência. A princípio foram projetados desenhos em relevo, utilizando cartolina, papel cartão e outros materiais. Nenhum, porém, atingindo o objetivo de traduzir o objeto pelo toque.
 
Edmundo formou-se em 1993, e os desenhos que tanto o ajudaram na época de estudante ficaram abandonados por alguns anos. A ideia de criar ferramentas para auxiliar no aprendizado de pessoas com deficiência visual foi retomada no Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva da UFMG, que desenvolveu um acervo de peças representativas de estruturas biológicas em realidade aumentada. O processo de desenvolvimento das peças foi uma ação multidisciplinar da UFMG, que movimentou os departamentos de Artes Plásticas, Fisioterapia e Terapia Ocupacional e também a equipe da dra. Maria das Graças, professora tão importante no aprendizado de Edmundo.
 
A iniciativa resultou na Coleção Didática de Arte-educação Inclusiva, produto de tecnologia social desenvolvido no projeto“A célula ao alcance da mão”. O material final utilizado nos modelos biológicosforam gesso e resina plástica, reproduzindo o corpo humano de forma detalhada, em sua constituição macro e microscópica.
 
A coleção tornou-se parte integrante do Museu de Ciências Morfológicas da Universidade e conta com 63 produtos biológicos, sendo 52 tridimensionais e 11 em relevo, com riqueza de detalhes sobre células, organelas celulares, tecidos, órgãos e sistemas orgânicos, embrião e feto humanos em dimensões próximas do normal e/ou ampliadas.
 
Luiz Edmundo atualmente é casado, pai de três filhos e pós-graduado em neurologia, com atuaçãona área de neuropediatria. Satisfeito com sua educação e desenvolvimento profissional, ele reforça a necessidade de investimentos no ensino da pessoa com deficiência visual. “É claro que eu lamento não ter utilizado o material para estudo, mas me orgulho de ter contribuído para o desenvolvimento das peças. O feto da Coleção recebeu, em minha homenagem, o nome de Luizinho”, ressalta Luiz Edmundo.
 
Segundo a dra. Maria das Graças, o reconhecimento e identificação dos diferentes componentes do organismo humano são feitos por meioda exploração tátil, o que facilita o aprendizado e compreensão de pessoas com deficiências visuais. Junto a essa Coleção há um processo tipográfico de interpretação em braile, com o objetivo de tornar o projeto mais eficaz e inclusivo, principalmente no que diz respeito à morfologia humana. “As peças são voltadas especialmente para pessoas com deficiência visual, mas não são restritas a esse público, por serem de uso universal no conhecimento do corpo humano”, garante a professora.
 
Também fazem parte da Coleção Didática dez livros de ciências, um livro de ciências em braile (cinco fascículos) e dez audiolivros. Por tratar-se de material inovador e de uso universal no ensino do corpo humano, o acervo atende a pesquisadores, professores e estudantes de diferentes níveis de escolaridade.
 
Assistência do ensino básico ao superior
 
Como as pessoas com deficiência encontram dificuldades no processo educativo, o acesso a faculdades e universidades representa uma meta inatingível para muitos alunos. Quando conseguem chegar ao ensino superior, é comum não encontrar equipamentos ou material adequado à sua formação. O acervo da UFMG tenta contornar essa situação, facilitando a associação dos conhecimentos teóricos à percepção da forma, dimensão, topografia e proporcionalidade das estruturas em estudo.
 
Os produtos são apresentados, inicialmente, em tamanho próximo ao natural e, posteriormente, ampliados para que o aluno possa estudá-los detalhadamente. Vários produtos representam a estrutura interna dos órgãos, sendo apresentados em cortes longitudinais ou transversais, com diferentes texturas, para facilitar a sua identificação. Além disso, as peças são pintadas em diversas cores, diferenciando cada estrutura ou conjunto estrutural, facilitando o aprendizado, também, de pessoas com baixa capacidade devisão.
 
Maria das Graças Ribeiro ressalta que o Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva presta assessoria gratuita na montagem de exposições em laboratórios de ciências e oferece treinamento de pessoas para o trabalho com a nova metodologia, que tem resultado, na prática, emmelhora significativa na aprendizagem de ciências e biologia. Por ser uma coleção itinerante, a tecnologia socioeducacional amplia seu papel de facilitadora da inclusão de pessoas com deficiência visual ao conhecimento científico e tecnológico, atingindo novas cidades, estados e países.
 
Integração entre instituição de ensino e comunidade
 
O Museu de Ciências Morfológicas é resultante de um projeto interdisciplinar e interinstitucional de pesquisa desenvolvido na UFMG. É um museu do corpo humano real, que tem como principal missão a promoção da saúde e a preservação da vida, embasadas no conhecimento da estrutura e funcionamento de organismo. Suas exposições didático-científicas mostram peças anatômicas, embriões e fetos em diferentes estágios de desenvolvimento, células e tecidos aos microscópios de luz e eletrônicos, esculturas em gesso e resina, equipamentos de áudio e vídeo que facilitam a compreensão do organismo humano.
 
O espaço é aberto à comunidade e um de seus principais objetivos é ampliar e difundir o conhecimento da estrutura e funcionamento do organismo. Por intermédiodo diálogo com o público, de exposições, palestras, filmes, de ações educativas e da mediação de sua equipe, o Museu tem contribuído para sensibilizar e despertar, em seusvisitantes, o desejo de autoconhecimentoe a consciência da necessidade da promoção da saúde e preservação da vida com qualidade.
 
Além de materiais como os produzidos para o projeto “A célula ao alcance da mão”, o Museu de Ciências Morfológicas produz, em seus programas de pesquisa, ações educativas, divulgação científica e projetos sociais direcionados principalmente à educação para a saúde. E não só a pessoa com deficiência pode se beneficiar com os projetos. O museu atua junto aos ensinos fundamental e médio com o objetivo de motivar a ressignificação do ensino de ciências; participa da formação de novos educadores em ciências e de profissionais da saúde, nos níveis de graduação e pós-graduação; atua junto a adolescentes e jovens, na prevenção ao uso de drogas e a idosos, motivando a busca do envelhecimento saudável e ativo. Ou seja, a instituição atende à comunidade em geral, cuja demanda pelo conhecimento do organismo humano cresce a cada dia.
 
Mini Box
 
O projeto “A célula ao alcance da mão” está acessível à comunidade no Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva do Museu de Ciências Morfológicas da UFMG; em instituições da capital e do interior de Minas Gerais e de outros estados brasileiros, além de já estar disponível para aquisição.
 
 
Por Patrícia Canuto
 

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Faz referências a Informática na Educação, muito bom.
http://profgmalta.wordpress.com/

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Parabéns pelo DIA DO PROFESSOR


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